Sempre foi sobre você
Você ali, você acolá
Sentada num banco
Ou vendo o tempo passar
E eu, que simplesmente observo
Sempre me pego pensando em você
Você é um dia uma, um dia outra
Você tem olhos bonitos e feios
Tem um corpo alto e esbelto
E as vezes baixo e macio
Você.
Você sempre tem um jeito de me prender o olhar
E pra quê servem os olhos, se eu quero é te tocar
Eles dizem:
"Ei João, suas frases não fazem o menor sentido! Cadê a continuidade?"
E eu só digo:
"Calma, amizade..."
Aí pego meu violão e toco aquele Fá bem bonito
Início aquela música
E paro no meio
Porque me lembra você.
Aí você diz:
"..."
E eu digo:
"Eu quero é adrenalina, meu bem!"
Pois bem, olha só, meu bem
Acho que no fundo mesmo
Esses versos catastróficos
São sobre eu tentando me achar
E não tentando procurar você.
Você não é você e nunca vai ser
E o você ideal nunca vai estar ali
Sentada num banco, desolada.
Isso não é sobre você.
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