você rola
os olhos
porque até
os modernistas
estão cansados
das estruturas metálicas,
do tumulto dos sólidos,
da natureza morta.
eu te olho
lá de cima
porque você é tudo
o que eu sempre quis ter,
a refração eu observo
num reflexo fantasma
e eu não atravesso
parede alguma,
nem ferro nem concreto,
nem vidro
nem cinética.
mesmo assim
os vultos passam
te arrastam pra longe
e você ainda olha
do outro lado
e toca as paredes
procurando o calor
que eu, aqui do lado,
insisti em esfriar.
(maravilhosa)
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