Jovem encostado na grade. Se sentindo um encosto, imagino. Sem expressão no rosto, se sentindo sozinho. Enquanto o vento soprava e fazia uma dança com as folhas, ele olhava com um par de olhos vazios. Olhos castanhos, nada mais. Parecia um rapaz igual a qualquer outro, era gélido. Até que me surpreendeu. No meio daquele espetáculo natural, uma folha caiu dentre seus dedos. Enfim alguma ponta de esperança ressurgiu ao seu olhar. Pegou-a em suas mãos, mas agora esperançoso, e quando notou que não tinha nada demais - pois não vira o espetáculo de fora -, jogou-a entre os sete ventos. Recíproco.
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