(...) com o mesmo amor pelo qual palavras mancharam as paredes, tudo foi feito de memória. poderia tatear as paredes do corpo procurando runas antigas, mas o mapa se encontrava sempre absurdamente intangível: o ato de inocular a coisa viva em corpos celestes bagunçava o amor por toda a casa. a casa, permita-me dizer – nunca passou do deleite da psique na forma palpável de aromas inebriantes. arriscaria dizer que seria a tua mistura de cigarros, orgasmos e perfumes de estante. o brilho da intimidade que me faz reconhecer tua pele em braille mesmo depois da completa revitalização das células em sete anos. por pouco era pouco.
a longevidade era pouca. na maior parte do tempo, só deixaria as coisas ternas; ali, grampeadas em arquivo de sopro vital, de fracassos do coração. mas enganar quem? nem após um século de destroços eu entenderia o que aconteceu naquele outono.
um dia, quem sabe,
(sempre com amor)
ao amor.
caralho.
ResponderExcluir"nem após um século de destroços eu entenderia o que aconteceu naquele outono." quero chorar.. "um dia, quem sabe"
ResponderExcluirVem cá, anon :~
Excluirdá para ouvir "eu destruo tudo" ao fundo. não sei se sou eu... ou você.
ResponderExcluirAaaaaaaaaaaaaa
Excluir"if i could start again a million miles away, I'd keep myself; I'd find a way"
ResponderExcluirVolte a postar, volte a escrever caso tenha parado, Bárbara, adoro o teu trabalho e sinto falta de lê-los.
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