Venha correndo
com essa risada de criança
esse sorriso estampado
Venha correndo
chorando por ter caído
do mais alto morro
Venha correndo
com a bicicleta na mão
e proclame uma poesia aleatória
mal formulada, agora
Me olhe com esses olhos castanhos
brilhando
e esses cílios prolongados
de criança pequena
Venha correndo
e pare para que eu
olhe no fundo do teu peito
e sinta toda a tua história
as tuas dores, os teus romances,
as tuas alegrias;
para que eu sinta o gosto das tuas ideias.
Mas não fique,
passe,
assim como uma criança passa correndo
empinando pipa
ou como um pássaro no meio fio.
Fio,
fim,
passou.
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