autor: Ayrtton Fonseca autor: Bárbara Tanaka autor: Giovana Anschau autor: João Basso

domingo, 26 de abril de 2015

E aí, como é que você tá?

Às vezes eu desisto de tentar entender a ordem das coisas.
Desculpa, mãe e pai; tenho passado muito tempo aqui em cima pensando nas coisas que estão a acontecer na minha vida e não dei muita atenção a vocês por conta disso. Eu também quero que tudo isso seja só uma fase e logo passe.
Muitos acham que se abrir demais é perigoso para si mesmo – e é –, mas qual é a graça de se preservar tanto?
Meus amigos me conhecem muito bem e sabem do que gosto e do que não gosto. Sabem o que me faz rir muito e o que me faz chorar horrores.

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Estou começando a entender a sua coisa de deixar os outros pisarem em você. Olha, admito que tenho problemas sérios de auto estima. Percebo que sofro de uma insegurança terrível e que não sou como os caras descolados por aí (viu?), mas estou trabalhando nisso. Sabemos que somos diamantes brilhantes no meio de areia insignificante, mas ainda não descobrimos nosso valor. Vamos trabalhar nisso, sim?

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Ei, cara. Não é culpa sua. Essas coisas acontecem. Espero que elas um dia passem, também. Mas tá tudo bem, sério. Vai dar tudo certo. É só um mal entendido. A gente vai resolver essa coisa se conversar com calma.

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Sim, tá foda. Mas todos sabiam que seria. Até eu sabia. Mas é óbvio.
Como eu sempre digo: "jogo minha vida como jogo poker: pago pra ver tudo". Faça seu nome agora, cara.
"Um dia eu vou dar certo"
"Eu resolvo essa coisa amanhã"
"Pense logicamente"
"Por que você está assim? Você não é assim"
E sim, é clichê, mas existe um carinha dentro de mim desde sempre. Ele fazia eu pensar em comer insetos quando era menor; e eu odiava insetos.
Era uma auto punição até eu descobrir a lidar com isso.
"Você não pode se empolgar", disseram. Eu concordo, mas discordo. Ele é quem não pode se empolgar. Coisas incríveis saem de mim quando me empolgo: esse blog, as músicas que crio, os textos que escrevo, as coisas legais que falo de vez em quando, etc.
Também estou resolvendo isso, então fica tranquilo. Vai demorar pra eu tomar todo o controle, mas eu consigo.

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Tá doendo, sim. Mas eu vou dizer que não dói. Não quero encher o saco de ninguém nem soar infantil. Tenho 18 agora. Não estou mais na quinta série.
("Eu tenho 21 hoje, era mais maduro com 12...")
Até então estou conseguindo analisar a situação de fora, do jeito que gosto, mas sei que uma hora ou outra entrarei em cena e vou sofrer muito. Vou recorrer a pessoas que eu não deveria nem pensar sobre e músicas que eu nem gostaria mais de ouvir.
Mas é a vida.
A gente tá aí pra se entregar, de qualquer forma.


Obrigado, leitor, por ler meu desabafo. Volte sempre, por favor.

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