"Não
poderia dizer, mas gosto de você."
Estou procurando por esses tênis a mais de três anos e não acho. Não sei
nem se estão pela casa. Talvez não queiram ser achados, mesmo.
"Eu gosto de você, mas não quero admitir."
Tá tudo torto e eu preciso me preocupar com coisas mundanas nesse
momento. Chegou o fim de semana e eu senti alguma coisa.
E aí, João?
Tá feliz?
Pra tudo tem um jeito?
Tudo dá certo no final?
Você aprendeu alguma coisa quando abriu aquela pasta?
"Você é a coisa mais especial do mundo pra mim, mas hoje a noite eu tô
cansada de você."
Eu sou essa moto grande que toma seu espaço entre os carros. Essa batida
repetitiva que você consegue ouvir dos fones de ouvido de outra pessoa.
Aquela mão maliciosa que deixa seu coração acelerado.
"Você fica tão engraçado quando tá preocupado."
E é o tipo de carinho que eu preciso. São as palavras que não tenho medo
de dizer para checar sua reação. É o ridículo que não tenho medo de
passar para saber se está tudo bem. É a bagunça que eu vou tentar
arrumar nessa segunda feira. É a inveja que eu vou parar de ter e ser
finalmente gente.
"Você tá especialmente bonito hoje. Vem cá."
As coisas vão ficar mais simples hoje. Quanto mais você faz um caminho,
mais curto ele se parece, não é mesmo? Eu venho fazendo esse caminho por
anos, então deve ser fácil. Vai tudo dar certo.
"Eu te amo. Não vivo sem você. Por favor, não some."
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