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sábado, 22 de outubro de 2016

irmão de outra mãe

Essa literatura da vez é pra você, Alison.
Só mais uma. O meu eterno exemplo.

Isso sempre se aplicou a todos os meus problemas, todos os meus momentos da vida, mesmo que ingênuos ou simples comparados aos de hoje em dia (vide treze anos para cá). Seja com o controle de raiva, seja com a simples necessidade de ter alguém, antes de tudo existiu ele.

Momentos como aqueles que você troca olhares com o espelho, passa horas a fio quebrando o silêncio apenas com o murmúrio dos pensamentos, seja refletindo em coisas boas ou negativas, lucros ou prejuízos; momentos que a solidão deixa de ser um problema e alcança o estado de virtude.

E cá estou eu no melhor exemplo disso: intercalando entre o futuro, passado e uma xícara de chá gelado, não sei se prefiro boas memórias ou bons sonhos, mas sou grato a ambos pois eles me lembram a estrada que venho caminhando, o caráter que vem sendo formado, dias que são contados mas a gente gosta de ver o relógio indo bem devagar.

Momentos como esses que raramente nos são proporcionados mas nos fazem esquecer perguntas mais importantes sobre a vida, dúvidas de como seria possível a criança que puxava o vestido da mãe pra pedir um picolé estar escrevendo esse texto, momentos que nos fazem perceber que pra falar a verdade, nada a não ser o momento, importa.

E momentos como esses são momentos a serem relembrados.

Eu espero que você, caro leitor, entre essas ruas, becos e vielas de nostalgia possua alguém que por ele(a) sua pupila dilate, e ele foi a minha primeira lição sobre amar alguém. O amor dos pais vem da criação, o amor sexual tem o seu empurrão físico, mas a forma de amor de uma pessoa estender a mão para a outra em um momento de necessidade, formando uma relação de afeto pelo puro interior da pessoa sem pedir nada em troca, apenas a companhia...

é de fato

uma das mais belas.

e como eu te disse

não importa se amanhã paremos de nos falar

comigo eu te levarei para sempre

pois você formou o que eu sou hoje.

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